quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Porque Matamos, Roubamos e Destruímos !!!


by Abner Melanias
Sim! A palavra1 diz que o ladrão executa estas ações (matar, roubar e destruir). É o “coisa ruim”, o inimigo, o demônio, o capeta. Ok!…Alguns podem deixar de ler aqui, afinal utilizamos nomes mais amenos para tratar da força inimiga que nos afasta da luz (e os cristãos supersticiosos, inclusive, pedem para que não falemos seu nome sob pena de chamá-lo). Entretanto, o que proponho é pensarmos no por que de matarmos, roubarmos e destruirmos, numa perspectiva cristã.
Matamos! Matamos alguém, obviamente não com armas, mas quando NÃO fazemos do próximo o nosso alvo preferencial de amor. Levantamos altares tão elevados, para recebermos o amor dos outros, que isso distância o “outro” de nós. Queremos ser amados. Fazemos um esforço enorme para que as pessoas vejam como somos limpinhos, bonitos, cheirosos e espirituais, porém não fazemos o mínimo esforço para alcançar o sujinho, feinho e mal cheiroso. Costumam rotulá-los de “não espirituais” só porque não dançam a música que nós tanto gostamos. É importante lembrar que o próximo é aquele de quem EU me faço próximo. A minha indiferença para com meu irmão pode levá-lo à morte… Excluir alguém é como se uma pequena dose de um veneno letal fosse dada aos pouquinhos. Só porque ele é diferente não pode fazer parte???
Fácil é dizer “Te amo” para o irmão do lado, quero ver chegar dentro de casa e dizer isso para o pai que te despreza, para a mãe que não é cristã, para o irmão ou parente que inferniza sua vida, para aqueles que te ferem, te hostilizam. O que foi que o Mestre ensinou?2
Roubamos! Viver em função de algo que nos falta: aí é quando roubamos. Eu vejo o que o outro tem e quero ter igual, melhor. “Queria ter uma voz como aquela, uma roupa como aquela, um ministério como aquele, um dom ou unção como aquela”. Se cobiçar o que é alheio não é roubar (espiritualmente), me diga o que é?3
Esta postura nasce de um coração que enxerga o outro com interesse: o que ele tem pra me oferecer? Quando isso não ocorre (a “troca”) o sujeito parte para o roubo: vou sugar tudo o que esta pessoa tem pra me dar. O que acontece depois?
Você, como eu, pode até não roubar o dinheiro de alguém, mas desejar viver uma vida que não é sua é fazer o mesmo, só que a punição é eterna. E o que dizer daqueles que culpam os outros por não terem algo? Começa em casa: não tem o tênis da moda porque minha mãe não comprou, não vai ao cinema porque o pai não deu dinheiro. Sabe o que isso gera? Jovens adultos que NUNCA se responsabilizam por seus atos. A culpa é sempre dos outros. É um infeliz crônico. Algo sempre te falta e você não faz nem idéia do que é.
Destruímos! Os profissionais da religião tomam conta das coisas divinas e se sentem no direito de julgar todas as atitudes, sentenciando o outro ao isolamento, à humilhação e coisas semelhantes. Não partilham, destroem. São capazes de dizer para alguém não sonhar, eliminam idéias, projetos, orações completas como se fossem nada, lixo. São capazes de mostrar, na bíblia, o que é certo e o que é errado, mas não conseguem estender a mão para o outro. Afinal uma mão está segurando a bíblia e a outra apontando o erro alheio. Vivem numa realidade paralela, em que Deus está, a todo o momento, prestes a dar voz de prisão para aquele que não segue suas leis. Esquecem a graça que de graça receberam. Acabam com amizades simplesmente porque não compreendem que é no relacionamento com pessoas que o Verbo Amar entra em ação. Destruir nem é tão difícil, ajudar na construção da casa (espiritual) é que requer cuidado, pois se o alicerce está comprometido, certamente no primeiro vento se desfaz.
 Antes de atribuir a Satanás o “roubar, matar e destruir” veja se VOCÊ não tem feito o trabalho dele.
 Referências
1. João 10.10 / 2. Mateus 15.8 / 3. Tiago 1.15

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