quinta-feira, 17 de março de 2011

Pedro



Este é um dos apóstolos que mais se destaca nos evangelhos. Possui uma personalidade marcante, um caráter puro e duro ao mesmo tempo. Mas afinal, quem foi este homem?

Pedro era um homem de fala fácil (muitas vezes precipitada), como podemos constatar na passagem de Mateus 16, onde Jesus anunciava a sua morte e Pedro chamou Jesus “de canto” para lhe repreender. A resposta do Mestre? “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.” – Mt 16.23.

A Bíblia nos relata que Pedro foi um dos discípulos mais amados por Cristo. Foi um dos que mais andou com Ele. Vemos por exemplo, no monte da transfiguração: Pedro era um deles. (Mt 17.1). Vemos também que Pedro foi um dos que ficou junto a Jesus durante a ressurreição de uma menina, em Mc 5.37. Também no maior momento de aflição de Cristo, Pedro estava com ele: Mt 26.37.

Nessas horas percebo como somos diferentes de Jesus. Ele não se importava com o “jeitão” de Pedro, ao contrário, até gostava. Não se importava com a mania de seu amigo de falar pelos cotovelos. Não ligava quando Pedro, apaixonado como só ele, tomava as rédeas da situação e tentava resolver tudo por ele mesmo. Creio que por muitas vezes, Jesus divertia-se com Pedro, com o seu jeito bonachão de ser.

Mas nós somos tão diferentes do Mestre. Quantas vezes conhecemos Pedros em nossas vidas e os deixamos escapar. Achamos que são intrometidos, que só pensam em si mesmos, que só querem aparecer. E deixamos de simplesmente aproveitar a experiência de viver ao lado de alguém que é diferente de nós. Alguém que pode nos completar em algum sentido.

Mas nem só de gafes viveu Pedro. Ele também, por muitas vezes, alegrou o coração de Jesus, com suas declarações entusiasmadas. Como vemos em Mateus 16.16: “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”

Em outra ocasião, Pedro foi o único dos discípulos que se arriscou a ir ter com Jesus por sobre as águas. (Mt 14.24-33). 

E é exatamente este tipo de atitude que fez de Pedro uma pessoa ímpar, aos olhos de Cristo. Pedro era espontâneo, transparente. E essas são características que atraem o coração do Pai, assim como foi a amizade de Deus com Davi.

No entanto, no capítulo 22 do livro de Lucas temos uma grande revelação. “Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos. (Lc 22.31,32)


Jesus declara abertamente que Pedro ainda não havia se convertido. Mas como poderia? Pedro andou sobre as águas. Pedro viu a ressurreição da menina. Pedro esteve junto com Jesus em quase todos os momentos de seu ministério. Como poderia então, Pedro não ser convertido?
Na narrativa de Lucas, Jesus afirma que ele o negaria por três vezes. E assim acontece. Depois disso, a Bíblia Sagrada diz que Pedro chorou amargamente. 

Aí estava a realidade: Pedro tinha uma visão de si mesmo que não era verdadeira. Ele confiava demais em sua própria força. Era autoconfiante em demasia. E assim é quando a casa construída sobre a areia é colocada à prova, sucumbe.

Creio que o momento da real conversão de Pedro foi exatamente quando ele chorou amargamente. Foi então que ele percebeu que somente poderia depender do Pai. Que ele não possuía força nenhuma. Que a visão que tinha de seu próprio ego era distorcida. 

A conversão bíblica está alicerçada no arrependimento. Este por sua vez significa perceber o erro e mudar, abandonando-o. Significa que o caminho atual não serve, e por isso, devemos alterá-lo. A Bíblia nos mostra que o arrependimento é o que nos faz abdicar daquilo que é mau, mudar de rumo e escolher o que é bom.

E assim Pedro fez. Escolheu pois a vida. Escolheu continuar lutando, porém agora não mais com sua própria força, mas com a força que vem do Senhor dos Exércitos. Com a força daquele que é o Dono da Obra. Com a força daquele que diz : “Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus” – Sl 46.10

Hoje em nossas igrejas, temos muitos Pedros que ainda não se converteram, e poucos que se arrependeram e passaram a depender somente do Pai. Qual deles você quer ser?


Web Evangelista

domingo, 13 de março de 2011

Não dá para acreditar...

Por André Sanchez

Sem dúvida, algumas das coisas que fazemos, que deixamos de fazer, que pensamos e que deixamos de pensar, se enquadram perfeitamente nesta frase: não dá pra acreditar que...


Não dá pra acreditar que trocamos um momento a sós com Deus por um programa de TV.

Não dá pra acreditar que mesmo sabendo que a Bíblia é a palavra de Deus, não temos uma rotina séria de estudo dessa palavra.

Não dá pra acreditar que pedimos perdão a Deus sempre pelos mesmos pecados.

Não dá pra acreditar que tem pessoas que realmente oram determinando o que Deus deve fazer.

Não dá pra acreditar que muitas das nossas escolhas priorizam tudo, menos a obra de Deus.

Não dá pra acreditar que prometemos tantas coisas a Deus, e a maioria delas acabamos não cumprindo.

Não dá pra acreditar que muitas vezes a nossa vida de oração se resume a despejarmos diante de Deus somente nossas vontades e desejos egoístas.

Não dá pra acreditar que conhecemos mais letras de músicas gospel que versículos da Bíblia.

Não dá pra acreditar que cantamos tantas palavras a Deus, mas boa parte delas não são realidade em nossa vida.

Não dá pra acreditar que nos derramamos em reclamações, mesmo estando com a barriga cheia.

Não dá pra acreditar que entramos na igreja em busca de pessoas perfeitas e como não as encontramos usamos a nossa afiada língua.

Não dá pra acreditar que não temos tempo para servir a Deus.

Não dá pra acreditar que nos afastamos de Deus porque aconteceu uma crise em nossa vida.

Não dá pra acreditar que para muitas pessoas, Jesus é apenas um gênio, que deve satisfazer seus desejos materiais, porque acham que isso é abundância e prosperidade.

Não dá pra acreditar que...

Não dá pra acreditar que mesmo diante dessas coisas inexplicáveis que acontecem em nossas vidas, possamos ficar inertes, sem esboçar alguma reação [contra] elas!


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