quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Porque Matamos, Roubamos e Destruímos !!!


by Abner Melanias
Sim! A palavra1 diz que o ladrão executa estas ações (matar, roubar e destruir). É o “coisa ruim”, o inimigo, o demônio, o capeta. Ok!…Alguns podem deixar de ler aqui, afinal utilizamos nomes mais amenos para tratar da força inimiga que nos afasta da luz (e os cristãos supersticiosos, inclusive, pedem para que não falemos seu nome sob pena de chamá-lo). Entretanto, o que proponho é pensarmos no por que de matarmos, roubarmos e destruirmos, numa perspectiva cristã.
Matamos! Matamos alguém, obviamente não com armas, mas quando NÃO fazemos do próximo o nosso alvo preferencial de amor. Levantamos altares tão elevados, para recebermos o amor dos outros, que isso distância o “outro” de nós. Queremos ser amados. Fazemos um esforço enorme para que as pessoas vejam como somos limpinhos, bonitos, cheirosos e espirituais, porém não fazemos o mínimo esforço para alcançar o sujinho, feinho e mal cheiroso. Costumam rotulá-los de “não espirituais” só porque não dançam a música que nós tanto gostamos. É importante lembrar que o próximo é aquele de quem EU me faço próximo. A minha indiferença para com meu irmão pode levá-lo à morte… Excluir alguém é como se uma pequena dose de um veneno letal fosse dada aos pouquinhos. Só porque ele é diferente não pode fazer parte???
Fácil é dizer “Te amo” para o irmão do lado, quero ver chegar dentro de casa e dizer isso para o pai que te despreza, para a mãe que não é cristã, para o irmão ou parente que inferniza sua vida, para aqueles que te ferem, te hostilizam. O que foi que o Mestre ensinou?2
Roubamos! Viver em função de algo que nos falta: aí é quando roubamos. Eu vejo o que o outro tem e quero ter igual, melhor. “Queria ter uma voz como aquela, uma roupa como aquela, um ministério como aquele, um dom ou unção como aquela”. Se cobiçar o que é alheio não é roubar (espiritualmente), me diga o que é?3
Esta postura nasce de um coração que enxerga o outro com interesse: o que ele tem pra me oferecer? Quando isso não ocorre (a “troca”) o sujeito parte para o roubo: vou sugar tudo o que esta pessoa tem pra me dar. O que acontece depois?
Você, como eu, pode até não roubar o dinheiro de alguém, mas desejar viver uma vida que não é sua é fazer o mesmo, só que a punição é eterna. E o que dizer daqueles que culpam os outros por não terem algo? Começa em casa: não tem o tênis da moda porque minha mãe não comprou, não vai ao cinema porque o pai não deu dinheiro. Sabe o que isso gera? Jovens adultos que NUNCA se responsabilizam por seus atos. A culpa é sempre dos outros. É um infeliz crônico. Algo sempre te falta e você não faz nem idéia do que é.
Destruímos! Os profissionais da religião tomam conta das coisas divinas e se sentem no direito de julgar todas as atitudes, sentenciando o outro ao isolamento, à humilhação e coisas semelhantes. Não partilham, destroem. São capazes de dizer para alguém não sonhar, eliminam idéias, projetos, orações completas como se fossem nada, lixo. São capazes de mostrar, na bíblia, o que é certo e o que é errado, mas não conseguem estender a mão para o outro. Afinal uma mão está segurando a bíblia e a outra apontando o erro alheio. Vivem numa realidade paralela, em que Deus está, a todo o momento, prestes a dar voz de prisão para aquele que não segue suas leis. Esquecem a graça que de graça receberam. Acabam com amizades simplesmente porque não compreendem que é no relacionamento com pessoas que o Verbo Amar entra em ação. Destruir nem é tão difícil, ajudar na construção da casa (espiritual) é que requer cuidado, pois se o alicerce está comprometido, certamente no primeiro vento se desfaz.
 Antes de atribuir a Satanás o “roubar, matar e destruir” veja se VOCÊ não tem feito o trabalho dele.
 Referências
1. João 10.10 / 2. Mateus 15.8 / 3. Tiago 1.15

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ninguém me ama

by Françoise Guimarães

Quem é que nunca disse isso pelo menos uma vez na vida. “Todo mundo é amado, menos eu!”
Ok! Suponhamos que você, uma pessoa tão cheia de amor pra dar, não tenha encontrado ninguém pra te amar…
Ué, será que é possível encontrar alguém que te ame mesmo sem medida? Incondicionalmente?
Você pode até pensar que isso seja realmente verdade, mas pensa comigo: “Será que você procurou direito?
Veja o que Jesus diz:

 “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos
João 15:13”
Nossa! Que amor grandão. Dar a própria vida em favor do outro. Isso sim, eu quero pra mim!
Quem realmente ama, está disposto a tudo. É até disposto a entregar a própria vida, caso seja necessário.
Jesus é essa expressão máxima de amor.
Ele não veio a terra pra ser apenas um exemplo, como muitos pensam.
Ainda que seja necessário observar seu modo de ser e agir diante de todas as coisas, o principal motivo da vinda de Jesus, não foi ser um avatar, mas simplesmente ser  alguém que imitaríamos.
Ele veio, sobretudo, entregar a sua vida pela nossa, para substituir-nos na cruz, afim de que fôssemos aptos a viver eternamente com Ele. A morte Dele não é para nós um exemplo somente. Ainda que seja um  perfeito exemplo de entrega, obediência e sujeição. A morte de Jesus é a expressão real do amor de Deus, pois quem ama se entrega.
Somente pela morte de Cristo em nosso lugar, recebendo Ele o preço pelo pecado que nós haviamos cometido, é que podemos ser vistos por Deus como uma nova criação. Apenas assim podemos nos aproximar Dele. Esse é um infinito e abundante amor que nos coloca no lugar onde não merecíamos.
E por isso, antes de ficar pensando: “Ninguém me ama, ninguém me quer”, lembre-se do amor que Cristo teve por você, fazendo aquilo que ninguém poderia fazer!
Da próxima vez que considerar que ninguém te quer, pense em toda a distância que Ele percorreu para que você pudesse se aproximar Dele.  Não  foram apenas algumas milhas, Ele simplesmente abriu mão de toda a sua glória, veio até esse mundo destruído, só para que pudesse te ter ao lado dele por toda a Eternidade.
Não é um amor simples, é um amor incondicional, que não permite que nada te separe Dele. É o único que você realmente pode ter segurança de ser um amor eterno. Por maior amor que você sinta por alguém, ou que alguém um dia possa sentir por você,  nada poderá se comparar com o amor que Cristo demonstrou por você.
Esse amor é tão profundo, que nos constrange a nos aproximar Dele. Ouça a voz de Deus! Ele verdadeiramente te ama! Se você realmente crê no significado da cruz, então é fácil você entender esse amor! Boa semana galera!

O SEGREDO DO MINISTÉRIO DO APÓSTOLO PAULO




Na carta escrita aos Colossenses, o apóstolo Paulo, no capítulo 4, faz alguns pedidos de oração. Ele diz:
“ Perseverai na oração, velando nela com ações de graça. Orai também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou preso. Orai para que o manifeste como devo fazer.” Cl 4:2-4
Interessante observar que no verso 4, ele pede para que os irmãos Colossenses orem por ele, para que Deus lhe revele, a forma com que ele deve fazer para, uma vez aberta a porta, pregar a palavra.
Percebemos aqui um dos grandes segredos desse ministério fantástico do Apóstolo Paulo, que escreveu a maior parte do Novo Testamento: a sua dependência de  Deus.
Paulo poderia muito bem adotar uma postura diferente. Ele já tinha muita experiência com Deus, já havia pregado em vários lugares, para várias pessoas, em diferentes tipos de situação.
Ele poderia muito bem ter pensado: bom, já conheço a forma de Deus agir. Conheço sua Palavra. Conheço como funciona a natureza humana. Já sei como pregar.
Mas não. Vemos nesse texto que Paulo se coloca diante de Deus, pedindo, clamando, para que Deus lhe mostre, lhe revele, lhe dê uma direção de como pregar a palavra naquele momento específico em que estava vivendo. Paulo pede que Deus lhe diga como Ele quer que a Sua Palavra seja levada. Ele quer que Deus lhe dê uma direção clara. Ele quer saber das estratégias de Deus. Ele quer ser guiado, nos mínimos detalhes, pelo Senhor. Esse é o segredo do sucesso de todo o ministério.
No entanto, nossa tendência, é achar que, por já estarmos há algum tempo servindo a Deus na igreja, nós já sabemos tudo. Já temos conhecimento o suficiente para agirmos de acordo com nossos projetos e estratégias. A gente traça os planos, os alvos, as metas, e pede a bênção do Senhor sobre eles.
Porém, o correto seria primeiro, buscarmos ao Senhor e pedirmos revelação do Seu querer para aquele momento em nossas vidas. O correto seria obter do Senhor, quais as metas que Ele quer traçar para determinado trabalho. Quais as estratégias que Ele quer que usemos. Qual o meio de comunicação, qual a forma de pregarmos, de ensinarmos, de nos aproximarmos das pessoas.
Às vezes até temos uma motivação de coração correta: queremos de fato fazer a obra do Senhor. Mas a obra é Dele. E precisamos desesperadamente, e constantemente, da Sua direção.
Jesus disse em João 15:5 - “ Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; sem mim nada podeis fazer.”
Nós não podemos fazer nada sem o Senhor. Foi Ele mesmo que afirmou isso.
Se queremos realizar a obra de Deus, não podemos nunca presumir, em algum instante, que já sabemos como as coisas devem ser, que já temos o conhecimento e a experiência suficiente para ‘tocarmos’ a obra. Não. A partir do momento que achamos que já sabemos fazer a obra de Deus, aí passamos a agir por conta própria, como se não precisássemos mais Dele. Então caímos num terreno muito perigoso: fazer a obra de Deus de uma forma carnal, de acordo com nosso entendimento.
Mas uma coisa eu tenho aprendido: que cada dia tem o seu próprio mal. Cada dia temos situações diferentes, com pessoas diferentes. E não temos uma fórmula para todas as coisas.
Por isso, precisamos mais do que nunca do Senhor. Ele sabe todas as coisas, e conhece todas as pessoas.
A obra é Dele. E a vontade perfeita é a Dele, não a nossa.
Que Deus não permita que o nosso coração se torne presunçoso. Antes, que possamos seguir o exemplo do apóstolo Paulo, e com humildade de coração, sermos cada dia mais dependentes de Deus, pedindo sua direção e revelação para cada detalhe, cada área da nossa vida, e da Sua obra.
Eu não sei da sua vida. Mas sobre a minha, eu digo: preciso cada vez mais do Senhor.
Deus te abençoe.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O que faz de você um homem de DEUS?

Posted: 08 Dec 2011 08:34 PM PST
Quais são as prerrogativas, que fazem de alguém, um homem, ou uma mulher de Deus?
No mundo gospel, em que vivemos, talvez seja a quantidade de milagres que ele opera, o tamanho do templo que construiu, ou talvez a sua destreza, em pregar sermões que massageiem o ego, ou escrever livros de auto-ajuda.
Damos a alguém o titulo de homem de DEUS simplesmente pelos sinais que ele fez...
No entanto ao olhar para o relato do profeta João Batista, vemos outra ótica sobre o assunto, a ótica de DEUS...
Eu tenho minha opinião, você tem a sua, e DEUS tem a Dele, e a Dele sempre prevalece...
 João Batista foi um servo do Senhor, que foi elogiado pelo próprio Jesus, como sendo o maior homem, entre os já nascidos de mulher, gastou sua vida para anunciar a vinda do Salvador, mas havia algo diferente nele...

E muitos iam ter com ele, e diziam: Na verdade João não fez sinal algum, mas tudo quanto João disse deste era verdade.
E muitos ali creram nele.
João 10:41-42


João Batista, servo de DEUS, últimos dos profetas do velho testamento, maior entre os nascidos de mulher, não operou sinais, parece ironia, mas não é... 

Eu não sei no que você está baseando a sua fé, mas sinais não são o melhor terreno para isso, fazer sinais faz parte sim da vida de um homem de DEUS, mas não é isso que faz de você um homem de DEUS.
Mas  sim seu amor pelas escrituras, e a pratica delas no seu dia a dia...
Pelos frutos os conhecereis isso é fato...

Não são os sinais, mas o SINAL que foi dado na cruz do calvário, de maneira que João mesmo não fazendo sinais, recebeu o titulo de homem de DEUS, porque o que faz um homem DEUS, não são as experiências que ele vive, mas seu amor e dedicação na entrega da mensagem do evangelho.
O verdadeiro homem de DEUS não constrói sua casa no terreno arenoso dos milagres, mas fundamenta suas bases na rocha da palavra de DEUS.
Não baseie sua fé em experiências, baseie sua fé nas escrituras, que você seja conhecido, não como o operador de milagres, mas com aquele que falou de Cristo, e que tudo que falou sobre ele era verdade...

Lennon Carvalho, Fazendo parte de uma geração eleita... 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Gente que ninguém quer


A propósito da leitura desse artigo da ISTO É, sobre a Igreja Renascer em Cristo...
Tive a oportunidade (e porque não dizer o privilégio) de ter participado desse ministério quando ainda era só um punhado de gente que estava cansada das idiossincrasias religiosas de então e sonhavam com uma vida restaurada à normalidade daquilo que a bíblia mostrava ser... por isso diziam ter a visão de Neemias, da restauração dos muros da cidade santa...

Tempo onde não havia um clero organizado... as pessoas ajudavam porque sentiam-se compelidas a fazê-lo sem esperar reconhecimentos ou imputação de patentes eclesiais quais fossem... só havia gente querendo ajudar àquilo que entendiam ser um movimento genuíno de “amor às vidas” no jargão evangélico... se sentir parte de um movimento que sentiam iria marcar uma geração na igreja brasileira... tempo onde o Estevam e a Sônia desciam do palco para abraçar a quem perto deles chegasse, junto à uma palavra de amor e esperança...

Uma época onde as barreiras do "sagrado" e do "profano" diluíram-se, onde era possível transitar entre uma "Terça-Gospel" no Dama-Xoc e um Show de Rock nas segundas-feiras de evangelismo, que mais se assemelhavam a uma balada qualquer, ainda que o espaço fosse o mesmo dos cultos dominicais... manifestação de demonstração extrema que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens... radicalmente protestante...

O brilho nos olhos de cada um, por mínima que fosse sua contribuição para que tudo se operasse com o fim de restaurar vidas, junto a alegria no coração de ver o resultado que se obtinha na operação da mão forte do Senhor era a recompensa mais que suficiente para nós...

Nada era forçado... tudo que se fazia dava naturalmente resultados pois o ambiente que ali estava instalado era o do comprometimento com uma visão de operar o bem ao próximo, sendo o templo só um local que se prestava a dar espaço às iniciativas que levassem em conta a visão de Neemias que o ministério possuía...

As canções eram fruto desse mover de Deus nos idos tempos da então quase-herética Igreja Renascer em Cristo... Katsbarnéia com o Brother Simion cantando com aquele jeitão de fissurado... Extra, Extra... o mundo acabará amanha de manhã... Atos 2, declarandoAh, eu quero sim, o Teu amor Senhor... e ainda Resgate, Oficina G3 com o Manga e o Túlio mandando ver em músicas com letras inusitadas comparando os cristãos com Naves Imperiais... e o início do Renascer Praise, com cânticos que remetiam a uma pureza e singeleza de sentido tão claro do Evangelho que, se comparadas às letras de hoje das músicas do mercado gospel (invariavelmente mantras, gemidos, sussurros e grunhidos incompreensíveis e sem qualquer relação com a mensagem de Jesus) seriam vistas com reservas pois sua mensagem seria não-vendável.

Mas não tardou, o canto da sereia foi ouvido... e pior, atendido e correspondido. O ministério de Libertação e Cura Interior foi criado sob a influência dos ensinos tresloucados da Neusa Itioka sobre o tema; a Teologia da Prosperidade vinha sendo pregada de maneira bem light, mas depois o “casal apóstólico” abraçou apaixonadamente esse lixo espiritual e colocou o então Pr. Gesher Cardoso para fazer seminários intensivos nas igrejas Renascer ministrando essa doutrina mamônica e anti-bíblica; vieram à reboque o deslumbrado Benny Hinn com sua esquisita unção do cai-cai; as tais "conferências proféticas" com a equipe do pr. Collin Dye, um especialista em profetadas e a Marcha para Jesus, um evento que originalmente visava dar visibilidade à fé cristã e que aqui virou demonstração de força política para promover negociatas em nome de um reino que não é o dos Céus.

Ainda me recordo daqueles tempos da inocência perdida... comparativamente ao crescimento humano, a Renascer optou por seguir seu próprio caminho, longe da singeleza do Evangelho e encantou-se com os sofismas da vida adulta... e ficou empedernida, incapaz de admitir que errou e voltar atrás para iniciar do ponto onde se desviou...

Eu ainda me pego cantando e pedindo para cantar muitas das músicas dessa época... sou grato à Deus por ter vivido o tempo em que o Estevam e a Sõnia eram só o Estevam e a Sônia e não o alter-ego de ambos que acabou carreado a um título após a investidura de uma patente eclesial...

Certamente presenciei ali também coisas que não correspondiam àquilo que a Palavra ensina... vi fogueira das vaidades, desmandos, surtos de autoritarismo, caça às bruxas e todos os chamados "sete pecados capitais" atuando em pleno vigor... não há quem vivendo em um ambiente assim, agüente por muito tempo sem se contaminar. Confesso que por algum tempo surtei com o surto deles... mas em um insight, quando me vi descaracterizado como um filho de Deus, abri-me à correção do Pai em minha vida e a Sua Graça me alcançou, me fazendo sair a tempo antes que eu ficasse pedrado.

Escrevo estas linhas depois de ler o artigo da ISTO É e de chorar movido por um misto de amor, tristeza, pesar e saudade... estaria idealizando um passado que só existiu na minha mente?... talvez... mas não posso negar que a maneira autêntica e ousada pelo qual a Renascer surgiu e andou nos primeiros anos de sua existência impactaram minha vida mais com coisas boas que com ruins...

Possivelmente a Renascer nunca será aquilo que se propôs a ser a 25 anos atrás na sala do pequeno apartamento do Estevam e da Sônia, ainda com o Tid e a Fernanda bem pequenos... uma família que vivia com dinheiro contado, com o Estevam saindo para vender máquinas de Xerox à pé, quando deram abrigo a um bando de gente que a igreja não os queria nem pagando... igualzinho como Jesus acolheu a mulher adúltera, ao fiscal corrupto, ao samaritano e ao guarda romano. Gente que ninguém quer. Assim como todos nós um dia fomos gente que ninguém quis, só o Pai. Quem sabe não seja a hora de acolhermos de alguma maneira ao Estevam e a Sônia pois HOJE eles são a gente que ninguém quer?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Queridos amigos cristãos, só umas dicas…

Posted: 02 Dec 2011 03:00 AM PST
Juliana Dacoregio
Óbvio que os erros a seguir não se aplicam a todos os crentes, mas infelizmente a maioria ainda se comporta de tal forma.
Na ânsia de apresentar Jesus aos descrentes e sofredores, você se atém apenas aos trechos bíblicos que afirmam que “Jesus é o caminho, a verdade e a vida” e que “ninguém chega ao Pai se não por ele”. Tudo bem, eu sei, é nisso que você crê: quem não “aceitar Jesus” vai chorar e ranger os dentes pela eternidade. Mas, calma lá, devagar com o andor que o santo é de barro. (Aliás, você não é de barro? Então por que toda essa presunção de acreditar que você conhece a verdade e eu não?) As pessoas precisam ser amadas, primeiramente. E elas não se sentirão amadas se você não escutá-las, se você não tentar compreender os motivos, os gostos e os desejos delas.
Muitos de vocês não admitem que alguém seja consolado com qualquer coisa que não seja a Bíblia, filmes cristãos ou hinos de louvor. Meu amigo, deixe de ser ignorante e “menino na fé”, como exortou Paulo. Você pode até acreditar que Jesus é o único caminho, a única salvação, a única maneira de alguém chegar a Deus, mas Deus têm mil maneiras de chegar aos homens e não é apenas através da prepotente ousadia humana em “pregar a Palavra”. Já assistiu ou leu Os Miseráveis? Já percebeu a mensagem de perdão que este filme/livro passa? Já percebeu o quanto de princípios cristãos há em Um Sonho de Liberdade? Sabia que alguém pode sentir-se tocado por Deus ou por uma paz grandiosa lendo autores que, aparentemente, nada têm de cristãos?
Abra sua cabeça, meu irmão evangélico. Se você apenas se preocupa em salvar as almas do Inferno e não presta atenção ao Inferno que está dentro delas, me desculpe, mas você não está fazendo isso certo. A libertação é aqui e agora, porém com um passo de cada vez. Não estrague tudo quando alguém lhe falar sobre depressão. Não seja hipócrita a ponto de tomar direitinho seus remédios para pressão alta ou sinusite e acreditar que doenças psiquiátricas são do diabo e que se eu estiver de bem com Deus não vou mais precisar do meu psiquiatra, dos meus remédios, da minha terapia.
O maior ato cristão é estar presente, às vezes apenas assistindo a um filme junto, dando uma carona, tomando um sorvete, compartilhando problemas, trocando experiências, se deixando também ser ajudado, enfim, se mostrando humano, revelando suas falhas e não tentando parecer uma fortaleza.
Você, cristão, quer ser exemplo e referência, mas esquece de amar. Esquece que o amor tudo suporta. Você não quer ser suporte, quer ser o dono da razão, quer ver as pessoas dizendo “Jesus, eu te aceito em minha vida”, mas não quer estar ao lado enquanto ela se recusa a crer. Enquanto isso, muitos descrentes, budistas, muçulmanos, judeus, agnósticos e ateus estão dando a mão a quem precisa e sendo exemplo de companheirismo e amor. Não venha me dizer que nada disso adianta, que o único amor eficaz é aquele que vêm de quem acredita em Jesus Cristo como único Senhor. Amor SEMPRE adianta. Amor SEMPRE consola. AMOR SEMPRE DÁ BONS FRUTOS. (Estão aí os twittes do @EmersonAnomia que não me deixam mentir!)
Se você está apenas querendo apresentar a sua verdade e não se coloca no lugar do outro, sinto muito, mas o seu Jesus provavelmente olha pra você, balança a cabeça em desaprovação, faz tsc…tsc… e pensa “ai, meu Deus, esse aí tem muito o que aprender”.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
(1 Coríntios 13:13)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Conquistadores

       Quero dizer aos brothers que o Senhor nos incumbiu de sermos conquistadores do mundo em que vivemos, pois a nossa missão é antes de mais nada, contar ao mundo tudo o que aconteceu em nossas vidas, o que o Senhor fez por nós.
       As pessoas devem ver em nós que a nossa transformação foi interna e não somente externa, eu não preciso mudar meu modo de falar, ou mudar minhas roupas, mas através do seu amor, tenho meu caráter transformado.
       Podemos provar que o Espírito que habita em nós é restaurador de vidas e, mesmo estando dentro de uma sociedade corroída pelo ácido chamado pecado, demonstramos amor e misercórdia pelos perdidos.
       Podemos estar certos que estas pessoas que vivem pelo mundo, não tem consciência da profundidade que tem os termos: "salvação eterna", "esperança", "alegria incessante", "amor", entre outros, porque não receberam as boas novas do evangelho.
       Queridos, cabe somente a nós executar este trabalho, pois somos ministros do Mestre do universo, sendo assim devemos desempenhar bem o nosso trabalho, e o melhor que podemos fazer é ganhar almas para o reino eterno, pois uma alma vale mais que o mundo inteiro.
       Não precisamos pregar dogmas e doutrinas, mas podemos contar nossas experiências espirituais aos outros, para que se sintam interessados em conhecer o único e verdadeiro Deus, aquele que vive eternamente, e que está a procura de verdadeiros adoradores, que o adorem em espírito e em verdade. Podemos mostrar orgulho pelo nosso ideal e  pelo o que realmente acreditamos e,  não precisamos nos sentir intimidados quando nos oprimem com chacotas, pois o evangelho é o poder eterno, o poder de Deus.
       Para isto devemos também estar sempre em comunhão profunda com nosso Pai celeste, através da oração, jejum, leitura da palavra, a fim de ouvirmos sua boa vontade para nós e as pessoas que estão à beira do abismo eterno, como também estivemos um dia.

By: Daniel Horde

Eu Sou Melhor Que Você: Espiritualidade X Misericórdia Silenciosa

by Abner Melanias
“Vivendo e não aprendendo… estes somos nós”. (Calvin)
A celebração da espiritualidade num mundo “pós-moderno” esmaga a imensa possibilidade de significados que o termo alcança e que o senso-comum costuma simplificar em narrativas rasas. Uma experiência mística não é exclusividade de um determinado segmento religioso antes se torna o centro de transcendência de todos eles. Concordando com a afirmação de Leonardo Boff (teólogo e escritor brasileiro) no momento em que a cultura entra em crise, sempre há uma volta à religiosidade e conseqüentemente é na espiritualidade que as grandes utopias e os grandes sonhos são gerados. Vejamos a tragédia em Realengo e os desdobramentos que o evento alcançou…
Os cristãos podem, em tese, ter uma espiritualidade mais elevada que o participante de um terreiro de umbanda. Além das fronteiras das crenças, o perfil que temos hoje no Brasil é o da pessoa “espiritualizada”: na sexta-feira participa de um despacho, no sábado faz meditação e yoga e no domingo de manhã leva seu dízimo e participa de um missa/culto em uma igreja católica ou cristã. Essa busca por maior intimidade ou conexão com o divino apresenta contornos de fuga da realidade e idealizam condições que nada tem a ver com o futuro imediato.
O que nos permite entender a espiritualidade alheia não é a tolerância ao credo estranho e sim o amor, não esse de fachada, não esse que serve às temáticas cinematográficas e do mercado publicitário, mas aquela capacidade de amar, de se relacionar com o próximo. Encarar um contexto social em que tragédias são o centro midiático desmonta a auto-imagem construída e idealizada por uma espiritualidade de “outdoor”. Enquanto a espiritualidade treina o olhar para dentro de si, o Amor liberta esse mesmo olhar para aquele que precisa da minha ajuda imediata. Essa releitura acerca do desenvolvimento potencial que se volta para o outro é um processo contínuo de transformação de caráter que nenhuma religião é capaz de moldar.
Estar perto de alguém não é o mesmo que se tornar próximo. Doar o que não nos faz falta não é ser misericordioso, não é ser espiritualizado. Escolher o agasalho mais velho para oferecer na campanha de ajuda aos miseráveis é um desserviço a generosidade. Ao invés do barulho que alguns fazem em relação a sua superioridade em doar dinheiro ou bens aos desabrigados, porque não silenciosamente compartilhar seu tempo num projeto voluntário? Isso mesmo, seu tempo. É no encontro com as necessidades do outro que há cura para a instabilidade emocional e ambigüidades de nosso caráter.
Infelizmente somos viciados no exibicionismo de nossa espiritualidade: o quanto somos superiores aos outros por conseguirmos desenvolver certas habilidades mediúnicas como falar com entes queridos, já mortos, chorar desesperadamente num culto evangélico ou falar da sua última abdução, experiências espirituais ou visões aos seus pares??? Nada disso constitui a dimensão exata da terminação espiritualidade. A mera tentativa de rastreá-la por meio de artifícios perceptíveis já é um paradoxo.
Tornar-se invisível e exercer a compaixão silenciosa talvez seja uma escolha sábia num mundo sedento por algo menos abstrato que experiências religiosas. Nosso maior exemplo de estilo de vida se concentra na pessoa de Jesus, por isso, questione-se: o que Cristo pregou? Uma religião (que vivemos intensamente nos fim de semana) ou o Amor???