domingo, 16 de setembro de 2012

Todos somos hereges! (A falácia da literalidade bíblica)


José Barbosa Junior, no Crer também é pensar
Somos todos hereges!
Uns mais, outros menos, mas a verdade é que todos somos.
Constantemente, seja em debates “ao vivo”, seja em debates de ideias pelas redes sociais ou em blogs, um dos argumentos que mais ouço, quando se trata de uma discussão entre “religiosos” é a velha proposição “me prove na Bíblia”.
Quero começar dizendo, para deixar claro a que este texto se propõe, que QUALQUER coisa que se quiser, se “prova” na Bíblia. Dizem até que “a bíblia é a mãe de todas as heresias”. Concordo!
Mas… heresia sempre é o que o OUTRO pensa!
O problema, quando se trata da questão do argumento “bíblico”, é que ele, simplesmente, não existe. Ou, se existe, existe imperfeito, refém de nossas interpretações e de nossas pré-leituras da própria Bíblia. Sim, por mais que nunca a tenhamos lido, quando a lemos pela “primeira vez”, antes disso já nos foi incutida uma ideia preconcebida, que acaba por delimitar nossa interpretação.
Um exemplo: o “pecado original”. O texto nunca usa esse termo, e muito menos fala de “pecado” na narrativa de Gênesis, mas nós já vamos para o texto com a ideia pré-moldada: uma árvore frondosa, uma serpente enroscada nos galhos trazendo à boca uma enorme maça, linda, vermelha, e uma mulher, quase sempre loira (apesar da narrativa acontecer nas bandas do Oriente Médio), com cabelos longos e esvoaçantes que logo depois entrega a fruta, já com uma mordida, ao seu marido, de músculos bem definidos e cabelos curtos. Ele também come e, por causa disso, entra no mundo o “pecado original”. Onde estão estas coisas no texto? No texto, não estão, mas já estavam na cabeça de quem foi “ler” o texto.
Infelizmente, para decepção de muitos, lamento dizer que não existe essa coisa do “a Bíblia diz…” Deveríamos ser mais honestos e afirmar: “O que interpreto da Bíblia, neste aspecto, pode ser…”
Os que defendem a “literalidade” da interpretação bíblica são de duas espécies: os ingênuos e os mal-intencionados.
Os ingênuos são aqueles que sempre foram ensinados assim. “Irmão, a Bíblia diz que é pecado…”, “O pastor disse que a Bíblia, no original, quer dizer isso…”. Para estes, o que está “escrito”, escrito está… e deve ser seguido ao pé da letra, mesmo que isso não faça o menor sentido. Mas aqui já enfrentamos um pequeno problema: não se segue TUDO o que está escrito. O que deve ser seguido ao pé da letra é apenas aquilo que me interessa.
Acabamos por cair no segundo grupo: os mal-intencionados: gente que sabe que “não é bem assim”, mas tem que dizer que “é assim”, porque é isso que lhes confere autoridade, poder e, muitas vezes, o emprego.
Ora, qualquer estudioso minimamente honesto, sabe que não há isso que chamamos de “interpretação literal”, porque isso é simplesmente impossível.
O que há na verdade são ESCOLHAS daquilo que deva ser “ensinado” literalmente. Leia-se aqui: eu escolho aquilo que me dá poder! Aquilo que me faz estar certo e os outros errados. Neste ponto, somos todos hereges, já que a palavra “heresia” vem do grego hairesis, que significa “escolher”…e  tem exatamente essa intenção: herege é aquele que escolhe (para seu proveito) o que lhe interessa de um texto.
Essa leitura literal da Bíblia é uma falácia. Ela não existe. E quando existe, como já falei, existe milimetricamente escolhida para favorecer o “meu” ponto de vista.
Os que defendem a leitura literal da Bíblia criam armadilhas das quais eles mesmos não conseguem escapar. Não conseguem, mas tentam… e sobra pra “soberania” (no caso dos históricos) ou pro “mistério” (no caso dos pentecostais, neo, etc…). É mais ou menos o “bota na conta do Papa”, frase pitoresca do filme “Tropa de Elite”.
Porque se formos totalmente literais, estamos em maus lençóis, nós e o Deus a quem dizemos servir… um Deus que mandou matar muita gente, que manda os homens todos de uma nação despedirem suas mulheres e filhos, e os lançarem  ao deserto; um Deus que manda matar a família toda de um cara porque ele escondeu “despojos de guerra”; um Jesus que fica bravo porque a figueira não tem fruto (fora da estação de frutos) e manda-a secar; enfim, um Jesus que diz que, caso teu olho ou mão te façam escandalizar, é melhor arrancá-los (Ah! Não…. esse é um dos versículos que nem os literalistas gostam que seja literal)…
Então você sugere que a Bíblia contenha erros históricos e de interpretação? Exatamente! O conceito de inerrância é o que sustenta o edifício da literalidade… aliás são retroalimentadores.
A Bíblia não arroga ser um livro histórico, nem mesmo um livro doutrinário… ela é um livro da fé. E da fé de um povo! E acompanha o desenvolver da fé desse povo… de seu “descobrir” Deus, ou daquilo que pensa ser Deus… e cuja revelação se dá, para um outro povo (já que o povo “original” não reconhece essa revelação) em plenitude, numa pessoa: Jesus, o Deus encarnado.
Ora, se Jesus é a encarnação do Deus que desde o princípio se revela… ou Deus mudou muito ou há algo de errado naquilo que se entende de Deus até então. E dizer que Deus mudou causa furor nos “literalistas”, ainda que, literalmente o texto diga que Deus “se arrependeu”. Neste caso ocorre uma coisa engraçada, que só reforça a heresia de cada um. Os fundamentalistas, impedidos que são de acreditar num Deus que mude de ideia, tem que dar um jeito nos textos que afirmam isso (as ginásticas para fazer um texto encaixar numa teologia sistemática são muito engraçadas). Tiram da cartola, então, o conceito de antropopatia, que seria atribuir a Deus sentimentos humanos quando não conseguimos explicar o que realmente acontece com a divindade. Qual o problema? É que a antropopatia só vale nos textos em que Deus se arrepende. Nos outros textos, todos os sentimentos são “literais”. Interessante, não?
Não existe leitura “pura” da Bíblia. Toda leitura bíblica já é, em si, uma interpretação. E se é uma interpretação, não pode mais ser “literal”. O sentido já foi deturpado há muito. Como saber, então, o sentido verdadeiro do texto? Fácil, pergunte ao seu autor (se bem que o texto geralmente é polissêmico e não pertence mais ao seu autor depois de escrito). Mas, como perguntar ao autor, se este já não existe mais há milênios? Quem poderá resolver o problema? É aí que os literalistas são mais esquizofrênicos. Criam a “iluminação” do Espírito para que haja a VERDADEIRA interpretação do texto. Claro, porque para defender isso também têm que colocar o Espírito Santo como verdadeiro autor das Escrituras. Logo, se Ele é o autor, Ele nos responderá.
Muito boa resposta!
Mas… qual “Espírito Santo” estará com a razão?
O da Igreja Católica, que também inspira o magistério na “interpretação”?
O dos protestantes históricos, para os quais o Espírito não dá mais línguas, mas que é uma babel de interpretações?
O dos pentecostais, cuja pluralidade de línguas nos faz imaginar que cada língua é uma estranha interpretação?
O dos neopentecostais, que produz pastores em série, com a mesma voz e o mesmo discurso, mas com interpretações cada vez mais loucas?
O de outras confissões religiosas (ou você acha que o vento só sopra debaixo do nosso nariz)?
Resolvi caminhar com a interpretação plena em Jesus… e o que se parece com Ele, eu procuro seguir… o que não se parece, descarto, como sendo algo fruto de uma época e de um contexto, mas não tendo mais o que dizer hoje.
Hummmm… só tem um problema: a minha interpretação também já é uma heresia… uma escolha… uma interpretação. Quem garante que estou certo?
Ninguém… nem eu mesmo. Mas é o que pra mim faz sentido, e que deságua numa fé que caminha com o diferente, o acolhe e aprende com ele, numa fé que admite outras possibilidades… numa fé que não me dá mapas, mas me oferece companhia no Caminho… aposto todas as minhas “fichas” nisso. Sim, toda interpretação é uma aposta! Nada mais que isso…
E a Bíblia? Continua sendo Palavra de Deus, como livro da fé… como carta de amor que leio numa relação com Aquele em quem creio.
Não temos para onde escapar.
Todos somos hereges!
Uns mais,outros menos… mas somos!
Essa é a minha heresia!
Qual a sua?
pintura: “O Pecado Original”, de Michelangelo

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A falência da Indústria Religiosa



Por Hermes C. Fernandes

Por que despertamos o ódio de tanta gente quando expomos a Verdade em contraposição dos métodos e estratégias usadas pela igreja atual? Basta um artigo sobre assuntos polêmicos como a famigerada teologia da prosperidade, para que o ânimo de alguns se altere. Quando comentam em nossos artigos, em vez de exporem seus pensamentos com base nas Escrituras, preferem os ataques pessoais, tentando minar nossa credibilidade e pôr em xeque nossas motivações.
Por incrível que pareça, este não é um fenômeno recente. A igreja primitiva teve que lidar com as mesmas reações, ora por parte dos judeus, ora por parte dos gentios.
Um episódio que pode atestar o que estamos afirmando é o que lemos em Atos 19, e que nos mostra o efeito causado pela atuação do ministério de Paulo em Éfeso.
À medida que as pessoas iam se convertendo à Fé, elas abandonavam suas superstições e crendices. O texto diz que “muitos dos que tinham praticado artes mágicas trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos” (v.19). Até aí, tudo bem. Cada um faz o que quer com o que é seu. Quer rasgar, queimar, quebrar, dar fim, o problema é dele. Mas alguém que assistia resolveu calcular o prejuízo. “Feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinqüenta mil moedas de prata”. Uau! Se Judas traiu Jesus por trinta moedas de prata, e isso já era uma quanta considerável, imagine o que representava uma quantia tão vultuosa: cinqüenta mil moedas de prata!
Pra se ter uma idéia do montante, as trinta moedas recebidas por Judas foram suficientes para adquirir um campo. Isso significa que as 50 mil moedas de prata daria pra comprar cerca de 1666 campos! Tudo isso em livros. O mercado editorial de Éfeso entrou em colapso. Aquelas pessoas que dispuseram seus livros para a fogueira, jamais voltariam a consumir tal literatura.
Devemos estar cientes que a pregação do genuíno Evangelho sempre fere interesses. Alguém vai ter que arcar com o prejuízo.
Não bastasse a quebra do mercado editorial, sobrou também para a indústria religiosa.
O texto diz que “por esse tempo houve um não pequeno alvoroço acerca do Caminho. Certo ourives, por nome Demétrio, que fazia de prata miniaturas do templo de Diana, dava não pouco lucro aos artífices. Ele os ajuntou, bem como os oficiais de obras semelhantes, e disse: Senhores, vós bem sabeis que desta indústria vem a nossa prosperidade. E bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos. Não somente há perigo de que a nossa profissão caia em descrédito, mas também que o próprio templo da grande deusa Diana seja estimado em nada, vindo a ser destruída a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo veneram” (At.19:23-27).
Em outras palavras, a mensagem pregada por Paulo doía no bolso e ainda maculava a reputação deles, colocando-os em descrédito perante a opinião popular. Portanto, era uma questão que envolvia dinheiro e reputação, avareza e vaidade. Para disfarçar, eles alegavam que Diana, sua deusa, estava sendo ultrajada, dando assim um ar de piedade religiosa às suas reivindicações. Foi o suficiente para que houvesse uma manifestação popular. – Grande é Diana dos Efésios! Bradava a turba.
No fundo, no fundo, o que os incomodava não era o culto à deusa. Se o templo de Diana fosse reputado em nada, o que fariam os que viviam da venda de miniaturas dele? Imagine se convencêssemos as pessoas que a Arca da Aliança (tão em voga no meio evangélico hoje em dia) não passava de uma figura de Cristo, e que já não serve pra nada. O que fariam os pastores que distribuem miniaturas da Arca por uma oferta módica de 100 reais?
O que seria daquela cidade se o culto a Diana foi exterminado? E os milhares de romeiros que vinham de todas as partes do mundo para ver de perto da imagem que, segundo o dogma, havia caído de Júpiter?

A pregação do Evangelho causou tamanho impacto que bagunçou o coreto daquela sociedade. Todos os esquemas foram desarmados. Era como se a correia dentada do motor que a mantinha em movimento se arrebentasse. De repente, todas as engrenagens pararam. Alguma providência tinha que ser tomada!
Tomaram dois dos companheiros de Paulo e os levaram ao teatro para apresentá-los à turba enfurecida. Paulo quis se apresentar, mas foi dissuadido por algumas autoridades que lhe eram simpáticas. No meio do tumulto, “uns clamavam de uma maneira, outros de outra, porque o ajuntamento era confuso. A maioria não sabia por que se tinha reunido”(v.32). Eis o retrato fiel de um povo “Maria-vai-com-as-outras”, que só serve de massa de manobra nas mãos dos poderosos.
A maioria sequer sabia o que estava acontecendo. Mas não hesitavam em unir suas vozes aos demais em protesto gratuito e desprovido de sentido.

Quando Alexandre se apresentou diante do povo, acenando com a mão como quem queria apresentar uma defesa, “todos unanimemente levantaram a voz, clamando por quase duas horas: Grande é a Diana dos Efésios!” (v.34). Repare nisso: Diana era considerada deusa em todo o império romano. Mas em Éfeso, seu culto tomou um vulto inédito. Ela não era apenas “Diana”, e sim “Diana dos Efésios”. Algo parecido com o apego que muita gente tem à sua denominação. Cristo deixa de ser Cristo, para ser o “Cristo dos Batistas”, o “Cristo dos Presbiterianos”, o “Cristo dos Pentecostais”, o "Cristo dos Católicos", e assim por diante.

Finalmente, o escrivão da cidade (provavelmente um figurão da sociedade efésia), conseguiu apaziguar a multidão, dizendo: “Efésios, quem é que não sabe que a cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa Diana, e da imagem que caiu de Júpiter? Ora, não podendo isto ser contraditado, convém que vos aquieteis e nada façais precipitadamente”(vv.35-36). Para tentar controlar o manifesto, o tal escrivão apelou ao dogma religioso. Dogma é aquilo que não se pode contestar. É tabu. Está acima do bem e do mal. Por isso, não se discute. É isso e tá acabado.
A igreja evangélica também tem seus dogmas. Ninguém se dá o trabalho bereiano de averiguar se o que está sendo pregado bate ou não com as Escrituras. Se o líder falou, está dito. E se alguém se atreve a questionar, é logo tachado de herege, e acusado de estar tocando no ungido do Senhor. Creio que isso seja um resquício da velho dogma católico da infalibilidade papal.
Alguém viu quando a estátua caiu de Júpiter? De onde provinha tal certeza? Quem anunciou o fato? Provavelmente foram os sacerdotes do templo de Júpiter, que queriam atrair o público de volta ao templo a qualquer custo.
Há uma indústria religiosa que se alimenta de mentiras, de dogmas inquestionáveis, e de superstições baratas. É esta indústria que corre o risco de quebrar se a verdade do Evangelho for anunciada, e suas mentiras desmascaradas.
Os fiéis não passam de papagaios de pirata, repetindo o que ouvem sem ao menos refletir. Se dissermos que não há mais maldição a ser quebrada, o que será daqueles cuja prosperidade advém desta mentira? Como poderão cobrar para que as pessoas participem de um Encontro num sítio, a fim de que vejam a Deus cara a cara, e assim, sejam libertas de suas maldições?
Veja: compromissos são feitos em cima desses argumentos chulos. A prestação da propriedade adquirida pela igreja. O programa de rádio. O material de propaganda. O salário do pastor. Tudo isso tem que ser garantido pelo esquema montado. É um ciclo retro-alimentado. Se alguém chega pregando algo que contrarie o esquema, é logo taxado de herege, falso profeta, etc., pois interrompe o ciclo, produzindo um colapso na estrutura.
É isto que o Evangelho faz! Todas as estruturas injustas entram em colapso, para que um novo sistema, com engrenagens justas, se erga, tendo como centro o Trono da Graça de Deus.
Acorde, povo de Deus! Voltemos para as Escrituras! Abandonemos a mentira, o argumento falso, o estelionato, e voltemos à prática do primeiro amor. Caso contrário, Deus nos julgará, e reduzirá nossa indústria religiosa (que chamamos carinhosamente de “igreja”) aos escombros.
Não ficará pedra sobre pedra!
 
Fonte:http://www.hermesfernandes.com/2009/09/esvaziando-os-cofres-da-industria.html

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Loucura total


loucura

“Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” (1Co 1.18)
Se tem uma palavra que caracteriza bem o nosso tempo, sem dúvida é a loucura, mas não é a loucura da palavra da cruz a qual o apóstolo Paulo se refere no versículo destacado, e sim uma total insanidade que caracteriza uma massa evangélica sem identidade, ávidos por entretenimento gospel e analfabetos biblicamente. A palavra de Deus se tornou loucura no Brasil não pela fidelidade a Bíblia, mas pelo triste fato de não pregarem a mesma, de distorcerem o seu sentido para dar base as loucuras importadas que invadem as igrejas brasileiras.
Enquanto a loucura dos homens não for confrontada com a de Deus, continuaremos ligando a tv e nos deparando com os profetas da prosperidade e suas aberrações teológicas, meias ungidas, réplicas de templos antigos etc. E qual é a loucura de Deus? A palavra da cruz, ou seja, o evangelho. Pregar sobre a cruz de Cristo sempre será ofensivo a sabedoria do mundo, uma loucura para os teólogos da prosperidade e para o mundo acadêmico, que é tão dominado pelas filosofias ateístas. Infelizmente não se prega mais sobre a cruz, os pastores têm vergonha, preferem incorporar inúmeros artifícios humanos: autoajuda, psicologia barata, filosofia, marketing etc.
Pela bíblia, percebemos que as coisas não estão bem, a loucura dos homens é que tem sido a marca registrada do crescimento evangélico brasileiro, somos alvos de duras críticas por parte dos que não são crentes, e o pior é que eles não estão errados na maioria das vezes. A solução para esse problema não está na sabedoria humana, a qual Deus tornou louca, mas na “loucura” de Deus,  “Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que creem.” (1Co 1.21). A melhor estratégia para um crescimento saudável da igreja é a pregação do evangelho de Cristo sem misturas ou acréscimos, na sua simplicidade e pureza que humilha a nossa inteligência, justamente por vir de Deus e não do homem, portanto, sejamos loucos de Cristo por pregarmos a palavra da cruz e não por sermos barulhentos e ignorantes.